Descompressão Minimamente Invasiva da coluna lombar

É o tipo de cirurgia mais avançado para pacientes que buscam menor dor pós-operatória, menor sangramento, estadia hospitalar breve e recuperação mais fácil e curta. Mais importante, a eficácia deste procedimento é igual ao procedimento convencional. A estenose do canal lombar é a doença mais comum nos pacientes com 60, 70 e 80 anos de idade. Com o envelhecimento populacional e aumento das expectativas dos pacientes em manter sua qualidade de vida ativa e eficaz, este procedimento está sendo muito procurado.

Indicações e contraindicações.

A maioria dos pacientes que serão submetidos a cirurgia de descompressão convencional devem ser, pelo menos inicialmente, considerados candidatos a cirurgia minimamente invasiva. Reoperação, embora mais difícil, não é uma contraindicação.

Contraindicação relativa pode ser a obesidade mórbida, especialmente quando o instrumental não contempla a distância da pele até a coluna

Abordagem pré-operatória e planejamento.

Anamnese, exame físico, exames de imagem (radiografias, tomografias axiais computadorizadas, ressonância nuclear magnética).

Coleta de dados com Escala Analógica Visual (EAV), SF-36, Índice de Incapacidade Oswestry

Opções de tratamento.

A maioria das condições degenerativas da coluna lombar desenvolvem-se durante um período longo que começa com um primeiro sintoma, continua através do processo de diagnóstico e finalmente é concluído com o tratamento. Existe um tempo ideal cirúrgico que deve ser individualizado com as necessidade e sintomas do paciente. Fatores que indicam a urgência da indicação cirúrgica incluem déficit neurológico recente ou piora neurológica documentada – fraqueza motora, disfunção intestinal ou da bexiga e perda sensitiva. Quanto mais rápida ou grave o início do déficit, mais urgente a necessidade da intervenção cirúrgica.

Técnica Operatória

A anestesia geral é preferida para este tipo de procedimento. Utiliza-se o intensificador de imagens (Fluoroscopia).

O paciente é posicionado de barriga pra baixo sobre coxins de apoio para manter o abdômen, as mamas (sexo feminino) e pênis (sexo masculino) livres de pressão contra a mesa cirúrgica.

A incisão cirúrgica é feita 1,5cm lateral a linha média da coluna lombar. Através do uso de um afastador cirúrgico específico com pás e iluminação acoplada, podemos realizar a descompressão bilateral.

A mesma incisão pode ser utilizada para estabilização/instrumentação com parafusos.

O mais importante é livrarmos as estruturas neurais (raízes, cauda equina) de discos, ligamentos ou calcificações que impeçam a função adequada dos tecidos nervosos.

Assim restauramos a comunicação motora e sensitiva entre a medula e os membros.

O pós-operatório internado é mais curto, devido a menor agressão tecidual além disso se observa uma produção menor de fibroses ou cicatrização indesejada.

Com isso temos uma recuperação mais rápida e retorno ao trabalho e atividades físicas sem comprometer a qualidade de vida do paciente.